Quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Santa Isabel da Hungria, Esposa e Religiosa, Memória 1ª Semana do Saltério, cor Litúrgica Branca
Santos: Acisclo e Vitória (mártires de Córdoba), Alfeu e Zaqueu (mártires), Aniano de Orléans (bispo), Dionísio de Alexandria (bispo), Eugênio de Florença (diácono), Gregório, o Taumaturgo (bispo), Gregório de Tours (bispo), Hugo de Lincoln (monge, bispo), Hugo de Noara (abade), Ilda de Whitby (abadessa), Namásio de Viena (bispo), Raverano de Séez (bispo), Rosa Filipina Duchesne (virgem), Joana de Segna (virgem, bem-aventurada), Salomé da Polônia (viúva, bem-aventurada)
Antífona: Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor: eu estava doente e me visitastes. Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos foi a mim que o fizestes. (Mt 25, 34.36.40)
Oração: Ó Deus, que destes a santa Isabel da Hungria reconhecer e venerar o Cristo nos pobres, concedei-nos, por sua intercessão, servir os pobres e aflitos com incansável caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura: Apocalipse (Ap 4, 1-11)
Aquele que é, que era e que vem!
Eu, João, 1vi uma porta aberta no céu, e a voz que antes eu tinha ouvido falar-me como trombeta, disse: "Sobe até aqui, para que eu te mostre as coisas que devem acontecer depois destas". 2lmediatamente, o Espírito tomou conta de mim. Havia no céu um trono e, no trono, alguém sentado. 3Aquele que estava sentado parecia uma pedra de jaspe e cornalina; um arco-íris envolvia o trono com reflexos de esmeralda. 4Ao redor do trono havia outros vinte e quatro anciãos, todos eles vestidos de branco e com coroas de ouro nas cabeças. 5Do trono saiam relâmpagos, vozes e trovões. Diante do trono estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. 6Na frente do trono, havia como que um mar de vidro cristalino. No meio, em redor do trono, estavam quatro Seres vivos, cheios de olhos pela frente e por detrás. 7O primeiro Ser vivo parecia um leão; o segundo parecia um touro; o terceiro tinha rosto de homem; o quarto parecia uma águia em pleno voo. 8Cada um dos quatro Seres vivos tinha seis asas, cobertas de olhos ao redor e por dentro. Dia e noite, sem parar, eles proclamavam: "Santo! Santo! Santo! Senhor Deus todo-poderoso! Aquele que é, que era e que vem!"
9Os Seres vivos davam glória, honra e ação de graças ao que estava no trono e que vive para sempre. 10E cada vez que os Seres vivos faziam isto, os vinte e quatro anciãos se prostravam diante daquele que estava sentado no trono, para adorar o que vive para sempre. Colocavam suas coroas diante do trono de Deus e diziam: 11"Senhor, nosso Deus, tu és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque tu criaste todas as coisas. Pela tua vontade é que elas existem e foram criadas". Palavra do Senhor!
Comentando a Leitura
Santo! santo! santo! Senhor Deus todo-poderoso!
A idéia de paraíso evoca por vezes o eco de catequeses e pregações estereotipadas. Por certo, se ao falar de "liturgia eterna" pensarmos em certas funções indefinidamente prolongadas, sentir-nos-emos pouco atraídos. O "Sanctus", de que fala o Apóstolo, faz lembrar a atitude de nossos irmãos ortodoxos: em seu "Cherúbicon" concentram sua capacidade de admiração. Não recorramos a certas comparações demasiado "técnicas" ara compreender a visão de Deus. Talvez convenha refletir sobre ela em nível humano. O paraíso é encontro; é amor; é uma condição comunitária. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]
Salmo Responsorial: 150, 1-2.3-4.5-6 (R/Ap 4, 8b)
Santo, santo, santo, Senhor Deus onipotente!
1Louvai o Senhor Deus no santuário, louvai-o no alto céu de seu poder! 2Louvai-o por seus feitos grandiosos, louvai-o em sua grandeza majestosa!
3Louvai-o com o toque da trombeta, louvai-o com a harpa e com a citara! 4Louvai-o com a dança e o tambor, louvai-o com as cordas e as flautas!
5Louvai-o com os címbalos sonoros, louvai-o com os címbalos de júbilo! 6Louve a Deus tudo o que vive e que respira, tudo cante os louvores do Senhor!
Evangelho: Lucas (Lc 19, 11-28)
Parábola dos empregados
Naquele tempo, 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse: "Um homem nobre partiu para um pais distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um e disse: 'Procurai negociar até que eu volte'. 14Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: 'Nós não queremos que esse homem reine sobre nós'. 15Mas o homem foi coroado rei e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: 'Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais'. 17O homem disse: 'Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades'. 18O segundo chegou e disse: 'Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais'. 19O homem disse também a este: 'Recebe tu também o governo de cinco cidades'.
20Chegou o outro empregado e disse: 'Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste'. 22O homem disse: 'Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros'. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: 'Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil'. 25Os presentes disseram: 'Senhor, esse já tem mil moedas!' 26Ele respondeu: 'Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem.
27E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente"'. 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. Palavra da Salvação!
Leitura paralela: Mt 25, 14-30
Comentando o Evangelho
Os talentos multiplicados
A impaciência dos discípulos levava-os a acreditar que o fim dos tempos estava chegando, e o Reino ia se manifestar glorioso. Jesus advertiu-os a não se deixarem levar por esta falsa ilusão escatológica. O que haveriam de experimentar em Jerusalém ainda estava longe de ser o fim.
Servindo-se da parábola dos talentos, Jesus tentou incutir-lhes uma nova visão da história: antes de chegar o fim, os discípulos teriam pela frente uma longa estrada a percorrer: seria o tempo de fazer frutificar os dons recebidos de Deus, por meio da vivência da caridade. Só depois dar-se-ia o encontro com o Senhor.
Esta maneira de entender a história é altamente positiva. Leva o discípulo a engajar-se na prática do amor, sem se deixar impressionar pela escatologia. Cabe-lhe aplicar-se com todo o empenho, de forma a produzir o máximo possível de frutos, quando chegar o Senhor. Neste sentido, saberá aproveitar cada momento de sua existência para fazer o bem. E terá sensatez suficiente para não cruzar os braços, nem se deixar intimidar diante dos obstáculos que terá de enfrentar.
O discípulo prudente sabe que o Senhor não aceitará desculpas para justificar o comodismo e o medo. Quem deixar perder-se os talentos recebidos, receberá o merecido castigo. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1996]
Para Sua Reflexão:
É uma montagem hábil de duas peças: a do pretendente a rei e a do dinheiro a juros. A primeira se inspira provavelmente em algum fato histórico, quando os romanos depunham e nomeavam reis locais, embora possa recordar antecedentes bíblicos (1Sm 10,27; 11.12). A segunda é uma exortação a trabalhar com os dons recebidos. [Bíblia do Peregrino]